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Sintespb aprova decisão do Consuni da exigência do cartão vacinal

A Diretoria Provisória do Sintespb respaldou e comemorou a aprovação pelo Conselho Superior Universitário-Consuni, da exigência da apresentação do passaporte vacinal para o retorno  às aulas presenciais na UFPB, marcado para 21 de março.

Em reunião realizada, de forma virtual na última sexta-feira (25), por uma maioria esmagadora de votos (92%), o Consuni colocou abaixo a posição defendida pela Reitoria da não exigir o cartão de vacina contra a Covid para quem trabalha, estuda ou circula nos campis da UFPB.

Clodoaldo Gomes, representante dos trabalhadores técnico-administrativos junto ao Consuni, e também um dos coordenadores gerais do Sintespb, disse que essa vitória foi mais um passo importante na luta de resistência contra a intervenção na UFPB. “O reitor com sua postura ideológica alinhada com o Governo Federal, que o colocou no cargo sem votos, tem tentado reproduzir na universidade todo o caos administrativo e o negacionismo científico, que é tipo do governo que ele e o procurador servem, mas os conselheiros aprovaram por ampla maioria o que já vem sendo uma prática de outros locais e é inadmissível que numa instituição científica como a universidade não se adote também essa política”, desabafou o conselheiro Clodoaldo.

O coordenador Geral do Sintespb, Ednaldo Costa, que participou como representante dos servidores na “Comissão Intersetorial Estruturante da Política de Retorno Gradual e Seguro às Atividades Presenciais no Âmbito da UFPB”, instituída pelo Consuni, comemorou essa vitória e lembrou que desde o ano passado esta luta era travada entre as entidades e o Reitor/interventor, que sempre negou a ciência e forçou o retorno ao trabalho presencial dos técnico-administrativos sem as providências de biossegurança aprovadas pela Comissão, entre as quais o comprovante vacinal. “Foi um trabalho árduo, levantando as necessidades, articulando com o fórum de diretores de centro, conversando com estudantes, até que tivéssemos maioria na Comissão para encaminhar essa medida, que teve parecer contrário do procurador da UFPB, veto do Prof. Valdiney e que deu origem a toda essa discussão que retornou ao Consuni, onde a Reitoria foi derrotada pela ciência”, pontuou Ednaldo.

 Rachel Melo, Coordenadora Geral que também participou da Comissão, elogiou a articulação eficiente dos conselheiros e que ver essa decisão como um ato de resistência e uma mensagem de força, democracia e autonomia universitária. “Os conselheiros reivindicaram um direito deles de pautar em uma reunião a Política de Retorno Gradual e Seguro dos servidores e docentes da UFPB, desenvolvida por uma Comissão Interidisciplinar e com participação ampla de representantes de toda comunidade universitária. Destacamos a exigência do passaporte vacinal, que é um documento legítimo de saúde pública, evidenciando a consciência coletiva e o cuidado com o próximo no enfrentamento a covid-19. Uma ação que vem, propositalmente, sendo atrasada e minimizada, erroneamente, pela atual gestão”, desabafou Rachel Melo.

A decisão do Consuni tomou como base os argumentos apresentados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – Consepe, em conformidade com a posição do Supremo Tribunal Federal, que manteve a autonomia das instituições federais de ensino sobre a exigência do passaporte vacinal.

Nesta reunião do Consuni, ficou acertada uma outra, de caráter extraordinário,  para a próxima semana, para discutir e votar a política de retorno às atividades presenciais aprovada pela Comissão e constante do processo nº 23074.116936.2021-48.

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