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Empossada a nova Direção Colegiada do Sintespb

O Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba – SINTESPB empossou oficialmente, no final da manhã desta sexta-feira (13), na sede social, sua nova Direção Estadual Colegiada, que estará à frente da entidade no triênio 2022/2025.

A cerimônia solene foi de pequeno porte, sem maiores aglomerações, em respeito ao tempo de pandemia, que ainda persiste. Porém, foi bastante representativa, contando com a presença de todas as forças atuantes no movimento sindical dos técnico-administrativos das universidades públicas no Estado. Estiveram no evento membros da Fasubra, Central Única dos Trabalhadores – Paraíba (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), várias secretarias sindicais adjuntas da entidade, companheiros de outras categorias, a exemplo do Sindicato dos Profissionais  Técnicos em Enfermagem e Sindtextil, além dos parlamentares petistas Cida Ramos, pela Assembleia Legislativa, e Marcos Henrique, da Câmara de Vereadores de João Pessoa.   Os novos dirigentes do SINTESPB, incluindo os membros do Conselho Fiscal, assinaram o termo de posse e assumiram o compromisso de lutar na defesa intransigente da categoria.

A nova Diretoria Colegiada do SINTESPB conta com uma significativa participação feminina, inclusive em cargos estratégicos, como a Coordenação Geral, na qual dois dos três nomes são mulheres. Dos 29 cargos de coordenação, 15 são ocupados por mulheres.

Antes de a Comissão Eleitoral convocar a nova direção para a assinatura oficial da ata de posse, os coordenadores gerais da Diretoria Provisória, Ednaldo Costa, Rachel Melo e Clodoaldo Gomes, fizeram uma avaliação positiva da gestão interina, destacando que a partir desse trabalho, com muitos desafios enfrentados e vencidos, se chegou à consolidação da democracia interna e à construção desse momento importante para os servidores técnico-administrativos das universidades públicas paraibanas.

Após a mesa de abertura, com a fala das representações classistas e políticas, o presidente da Comissão Eleitoral, Marcos da Paz Figueiredo, convocou os demais componentes da comissão, para dar posse aos eleitos. Figueiredo ressaltou a relevância do processo eleitoral e dizendo que agora acabaram-se as chapas e a disputa eleitoral. “Numa conjuntura adversa aos trabalhadores e ao povo brasileiro, se faz indispensável a unidade de todos e todas que desejam lutar pelo fortalecimento do SINTESPB e da categoria”, concluiu.

Coordenadores Gerais

Rachel Melo conclamou todos e todas a trabalhar junto em prol da categoria, enfatizando que o sindicato não é apenas a direção eleita. “Não basta lutar sozinha, vamos precisar de todo mundo. As palavras de ordem são unidade, democracia e mobilização. Com esse tripé, faremos uma gestão forte e avançaremos em conquistas para a categoria”, disse. Ela também se sente feliz em participar de uma Direção com sensibilidade para reconhecer o papel preponderante da mulher na luta sindical, e que escolheu colocá-la numa posição de destaque. “Esse reconhecimento é fruto da nossa luta de emancipação”, concluiu.

Eurídice Almeida citou o conhecido trecho do romance “Terra Sonâmbula”, do escritor moçambicano Mia Couto: “O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonha, a estrada permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes do futuro”. Ela destacou a grande responsabilidade de assumir a coordenação geral do SINTESPB,  mas acredita que sua história de luta lhe credencia e a fortalece para essa nova jornada. Ela citou as demais companheiras que também assumem esse desafio e destacou a dimensão coletiva da luta, falou ainda na importância das forças políticas, reconhecendo o papel importante da CUT, da qual o SINTESPB é filiado. Eurídice concluiu com o famoso poema de Brecht, “Os que Lutam”, que exorta o valor daqueles e daquelas que lutam uma vida inteira em prol de um mundo e uma sociedade melhores e que são imprescindíveis.

Clodoaldo Gomes, terceiro integrante da Coordenação Geral, apresentou sua trajetória de vida, o filho de lavadeira e que deu muita alegria à família por entrar na UFPB, primeiro como estudante de Jornalismo e depois como técnico-administrativo, mas enfatizou que mais importantes que os méritos pessoais são as conquistas advindas da luta da categoria técnico-administrativa que batalhou e conseguiu a realização de concurso público. “Direitos são conquistados na luta. Tudo o que conseguimos é resultado da nossa capacidade de lutar. Portanto, temos que retomar essa capacidade e avançar para ampliar esses direitos”,  disse.

Ele concluiu enfatizando o simbolismo do 13 de maio, data da abolição da escravatura, que os livros escolares nos ensinaram ter sido uma dádiva de uma princesa branca do Brasil, neta do rei de Portugal e não do sangue derramado pelos negros abolicionistas, cuja luta contra o preconceito e a discriminação racial ainda não terminou. 

A solenidade foi encerrada em clima de congraçamento político e a palavra de ordem foi o Fora Bolsonaro.

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