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ELEIÇÕES PARA REITOR: Querem aproveitar a pandemia para “passar a boiada” na UFPB

A Reitoria da UFPB convocou para a próxima quinta-feira (09/07), Reunião Extraordinária do Conselho Universitário (Consuni), que terá como principal ponto de pauta discutir e deliberar a minuta de resolução, que definirá as regras para as eleições do principal cargo da nossa universidade, pela Comunidade Universitária.

Depois da tentativa fracassada de aproveitar o período de carnaval para submeter nossa comunidade universitária ao autoritarismo da Medida Provisória (MP) 914/2019, vemo-nos diante de mais uma tentativa de golpe na instituição. Talvez inspirado pela estratégia bolsonarista, a Reitoria tenta aproveitar o momento da pandemia, em que a maioria da comunidade universitária está em distanciamento social, para “passar a boiada” e acabar com a paridade nas consultas para reitor.

Não podemos aceitar isso calados. Vamos denunciar mais este golpe. Se o fim da paridade passar, perderemos nossa correlação de forças e como consequência enfraqueceremos nossa luta, seremos ainda menos ouvidos nos rumos de nossa instituição, tornando muito mais difícil a conquista de nossas reivindicações.

NÓS NÃO TEMOS MEMÓRIA CURTA

O atual Reitorado convocou uma reunião extraordinária do Conselho Universitário no dia 28 de fevereiro de 2020, após o feriadão do período de carnaval, com o intuito de aprovar o processo eleitoral da UFPB, baseado na MP 914/2019, que continha em seu objetivo maior a representação do mais profundo golpe contra a Democracia Universitária desde o fim da Ditadura Militar, cujos pontos de retrocesso destacamos: retirada da paridade entre as categorias (docentes, Técnico-Administrativos e discentes), indicação de vice-reitor e diretores de centro, sem consulta eleitoral junto à comunidade acadêmica.

Na convocação dessa reunião em um período pós-carnaval, ficou evidenciada uma aposta na desmobilização da nossa categoria e dos demais segmentos da comunidade acadêmica, que contrariando ao que a Reitoria pensou, prontamente, se mobilizou e respondeu à altura, com um NÃO aos ataques de retirada de direitos e à autonomia da universidade, com a participação de dezenas de manifestantes, acabando por derrotar a intransigência da reitora Margareth Diniz, que esteve todo o tempo intransigente e irredutível ao diálogo que fosse contrário à proposta apresentada pelo seu reitorado.

Vale salientar que todos os debates realizados no âmbito das assembleias universitárias nos Centros, rechaçaram a MP 914/2019.

Na nossa opinião, essa defesa fervorosa em aprovação do processo eleitoral embasada no afrontoso ataque à universidade se deveu ao objetivo do grupo político que está à frente do reitorado de se manter no “poder” a qualquer custo, considerando todo o desgaste da gestão que ao longo dos dois mandatos tem agido de forma truculenta às reivindicações do movimento estudantil e mais recentemente com as dos servidores técnico-administrativos, ao revogar a política de flexibilização da jornada de trabalho.

A nosso ver, os ataques que as universidades passam, encontram, aqui, no seio da atual gestão, acolhimento e defesa, numa forma de legitimação à política de desmonte das instituições federais de ensino superior do Governo de Bolsonaro.

NÃO AO GOLPE!
POR ELEIÇÕES PARITÁRIAS!
PELA NOMEAÇÃO DO CANDIDATO MAIS VOTADO!

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