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Técnico-administrativos das universidades federais na PB encerram greve e voltam ao trabalho nesta quinta-feira

Os mais de cinco mil servidores técnico-administrativos das duas universidades federais da Paraíba em assembleia geral realizada nesta quarta-feira decidiram encerrar a greve geral, de forma unificada em todo país, após 135 dias de atividades paralisadas, e voltar ao trabalho, nesta quinta-feira, dia 08 de outubro, com a homologação e assinatura dos termos do acordo firmando entre a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil-FASUBRA e o Governo Federal.

Na avaliação da presidente do SINTESPB, Marizete Figueiredo, a greve que levou à assinatura do acordo, foi positiva, se constituindo em uma das mais fortes e longas da história da categoria. “Porque demonstrou a nossa unidade em torno da nossa pauta de reivindicações”, declarou.

O vice-presidente do SINTESPB, Severino Ramos, disse que o movimento paredista em nenhum momento fugiu dos princípios da legalidade, “nestes quatro meses procuramos observar sempre as resoluções do Supremo Tribunal de Justiça-STJ, que determinou ao Governo Federal a abertura do processo negocial, que estava estancado”,  explicou Ramos.

Ele acrescentou que, mais uma vez, a categoria demonstrou seu poder de mobilização em todo o país e esteve presente na luta, contribuindo para o fortalecimento do movimento.  Severino Ramos revelou que a greve dos técnico-administrativos acompanhou também o calendário de atividades dos Servidores Públicos Federais, ‘‘mas soubemos levar nossa pauta específica para a mesa de negociação, que resultou na assinatura do acordo entre o Governo e representantes da nossa categoria, sendo também homologado pelo STJ e Advocacia Geral da União”, ressaltou o vice-presidente do SINTESPB.  

Segundo o vice-presidente Severino Ramos, o acordo não foi o reivindicado, mas também não foi aquele que o Governo propôs, “mas sim o que foi possível no processo de negociação”. Em termos de reajuste, a categoria terá 5,5 % de reajuste em agosto de 2016 e mais 5% em janeiro de 2017. “Considerando o acumulado com o step tivemos um ganho real que vai de 12 a 16% sem contar com o adicional de qualificação que terá reajuste na mesma proporção”, explicou.

Para o secretário geral do SINTESPB, Rômulo Xavier, a assinatura desse acordo foi importante também porque pôs fim há algumas pendências ainda relacionadas à última greve.  Ele destaca como principais avanços a redução da vigência do acordo para um período de dois anos ao invés de quatro como queria o Governo, alteração do step para 3,9%, reajustes nos benefícios vale-alimentação, auxílio creche e contrapartida do Governo para a Saúde Suplementar, além dos encaminhamentos que foram dados em relação à revisão do Plano de Cargo, Carreira dos Técnicos-Administrativos- PCCTAE.

O acordo prevê também o cumprimento do plano de reposição de trabalho referente aos dias paralisados, sob a responsabilidade das universidades.

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